Fábio Bisol Brum
Psicologia & Psicanálise
CRP-SC 22712

Supervisão Clínica: Reflexão, Técnica e Transformação
A prática clínica é um campo vivo, em constante movimento. Cada encontro terapêutico traz desafios únicos, despertando questões que exigem do terapeuta escuta qualificada, manejo técnico e disponibilidade psíquica para sustentar o processo terapêutico. A supervisão clínica é um espaço privilegiado para essa elaboração, permitindo não apenas aprofundar a compreensão dos casos, mas também refinar a postura analítica e fortalecer o trabalho clínico com mais segurança e sensibilidade.
Mais do que um momento de orientação, a supervisão convida o terapeuta a pensar a clínica em sua singularidade, levando em conta as nuances da transferência, da contratransferência e das dinâmicas inconscientes que atravessam o atendimento. Ao revisitar o que emerge na relação terapêutica, o terapeuta amplia sua percepção sobre o campo analítico, reconhece impasses e encontra novas possibilidades para o manejo clínico.
O espaço de supervisão possibilita refletir sobre a sustentação do enquadre, o manejo da resistência e os momentos de estagnação no processo terapêutico. A clínica frequentemente nos coloca diante de fenômenos enigmáticos, como silêncios prolongados, repetições sintomáticas e enactments que envolvem tanto o paciente quanto o terapeuta. Nesses momentos, a supervisão oferece um campo de escuta que favorece a ampliação da compreensão dos processos psíquicos em jogo, permitindo intervenções mais ajustadas à singularidade de cada paciente.
Além disso, a supervisão abre espaço para pensar a posição do terapeuta na relação clínica e o impacto de sua subjetividade no processo analítico. Nem sempre é simples reconhecer quando estamos capturados em dinâmicas transferenciais ou quando nossa escuta é atravessada por identificações e contra-identificações. Elaborar esses aspectos dentro de um espaço de supervisão possibilita não apenas fortalecer a clínica do terapeuta, mas também expandir sua capacidade de sustentar a complexidade do tratamento psíquico.
A supervisão pode ocorrer individualmente ou em grupo, sempre respeitando a ética profissional e garantindo um espaço seguro para troca e aprofundamento. O encontro entre supervisor e terapeuta não busca oferecer respostas prontas, mas criar um espaço de pensamento onde a prática clínica possa ser continuamente ressignificada e aprofundada.
Se você é psicólogo(a) ou psicoterapeuta e deseja mais informações sobre a supervisão clínica, entre em contato.